Na imagem, uma mesa com várias folhas com post its coloridos, e pessoas a volta da mesa trabalhando em um planejamento.

Uma reflexão sobre como ser Ágil de verdade.

Squadra
em

Três da tarde, um baita sol iluminando a janela do avião na volta de Recife para São Paulo. Já faz um tempo que eu tentava organizar as idéias e fazer uma reflexão.

Foram várias as mudanças na JUST e queria fazer um balanço desses últimos seis meses desde a reestruturação societária.

Nesse período, algumas pessoas me perguntaram se eu andava descrente do Ágil, se foi uma decepção que tivemos. Achei que seria legal compartilhar o que eu respondi para essas pessoas.

É fato que tivemos algumas decepções sim, mas não acho que elas tenham sido problema do Ágil, mas, sim, um problema nosso em como passamos a lidar com o Ágil.

Vivemos nesses últimos seis meses aquele período sabático, de introspecção e autoconhecimento, para resgatar o melhor que temos e expurgar o que pudesse estar ruim.

Simplificamos muita coisa e quase matamos a palavra Ágil  dentro da empresa durante esse período, embora fosse um dos assuntos mais falados com nossos clientes. Para nós, mesmo sem combinarmos isso previamente, o lema foi " falar menos de Ágil e ser mais Ágil de verdade".

Nos despimos de todos os conceitos que tínhamos, de métodos de trabalho, ferramentas ou coisa parecida e passamos a testar um modelo totalmente baseado apenas em nossos valores e metas.

O resultado foi realmente muito legal, pois pudemos ver que no DNA da Just, os princípios e valores da JUST estão bem enraizados. Não precisamos falar sobre o como fazer, não precisamos falar o que fazer, o como fazemos ou o que fazemos, simplesmente podemos ser, agir e colher os resultados disso.

Nos últimos 6 meses, os projetos que trabalhamos (sim, projetos! Afinal, qual o problema em usar essa palavra?Projetos não são mais necessários para criar produtos?)  Bom… voltando… os projetos que trabalhamos foram muito bem, obrigado! Entregamos coisas que nunca tínhamos feito, novas tecnologias, novos desafios em uma nova composição de como nos organizamos e como os times são formados. O resultado foi realmente surpreendente, a qualidade melhorou demais, os elogios de cliente passaram a ser constantes, o nosso sentimento de levar algo transformador para nossos clientes também passou a fazer parte do nosso sentimento diário, não tivemos atrasos como já haviamos lidado em anos anteriores.

Nós abandonamos todos os pré-conceitos e prescrições que vemos por aí e deixamos nosso feeling, aliado a toda a bagagem que temos de Ágil, ditar as regras.

Levantamos discussões sobre o sentido de alguns papéis que existiam na empresa e se estavamos deixando de aproveitar ao máximo nossas qualidades por estarmos organizados seguindo um modelo pré-definido.

Todo este período nos fez discutir coisas que não estávamos dispostos antes, nos fez voltar para onde talvez nunca estivemos. Fizemos um processo que o Manoel Pimentel, por algumas vezes, comparava a voltar às trincheiras. Seguimos, sim, o que aprendemos com o Yoshima. Dois grandes caras admirados por vários Justers.

Usamos esse aprendizado que tivemos com caras muito bons do mercado, com pessoas que já passaram pela JUST, com uma série de erros e acerto que tivemos nos últimos anos e com a vontade de reconstruir um ambiente focado em resultados e sem medo de usar algumas práticas do mundo velho. Fizemos dos últimos seis meses um período vitorioso.

É óbvio que ainda temos coisas para melhorar, mas experimentamos poucas e boas coisas, simplificamos tudo o que podíamos e não podíamos, e agora seguimos firmes e fortes desenhando processos simples para coisas complexas.

Estes últimos meses, com certeza, nos mostraram que estamos no caminho certo, que estamos evoluindo, que estamos crescendo e que temos um time de pessoas, sem exceção, parceiras e unidas.

Que tal despir-se do Ágil para ser Ágil de verdade?


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