Imagem de uma pessoa mexendo no computador.

Qual o futuro do conteúdo digital?

Rafael Cichini
em

A discussão sobre conteúdo digital aumentou muito nos últimos anos, pois aquela máxima de que o conteúdo é o rei passou novamente a ser levantada e até percebida com a revolução que o marketing de conteúdo vem sofrendo. Então, antes de começarmos a pensar nisso, gostaria de compartilhar um vídeo para abrir esta discussão.

O mercado de conteúdo vem sofrendo uma enorme transformação, empresas editoriais e de mídia já enfrentam as mudanças a mais tempo, mas ela chegou também para qualquer empresa. Um dia, já bem longínquo, era importante ter um site, depois um site com boa usabilidade, aí um site mobile, aí um site responsívo, e agora temos que ter um site que reúne tudo isso e ainda um bom conteúdo e que sirva para o usuário como tomada de decisão.

O mercado de mídia e publicidade já foi impactado e agora vender views e clicks para banners já não é mais suficiente, o negócio está em tempo de exibição do banner e a única forma de fazer isso é tendo um bom conteúdo que prenda o seu usuário e que o leve também para outros lugares do seu site, ou melhor, para outros conteúdos seus, isso mesmo, não se prenda em levar apenas para outra página, o seu conteúdo provavelmente já não está mais apenas no seu site.

Nada disso é novo, me lembro de discussões como esta, em meados de 2004, quando já trabalhava com portais de conteúdo e alto tráfego. A questão é que todo este conceito que a princípio já era debatido, ainda não era uma necessidade. Falando o português mais claro… a água ainda não tinha batido na bunda.

O conteúdo é o rei? O contexto é o rei? A experiência do usuário / UX é o rei? Em tempos de economia digital, que empresas buscam colaboração, é até estranho depositar tanto poder em apenas um dos conceitos. Na verdade, nada disso mais anda sozinho. A diferença agora é que a PARADA FICOU SÉRIA, como diriam os mais descolados.

CARDS

Mas além disso tudo, temos algumas grandes mudanças que vão além de um bom conteúdo, UX e contexto. A forma como os usuários esperam consumir o conteúdo está mudando de forma radical. O conceito de cards se popularizou pela simplicidade em oferecer um cardápio de conteúdo, com velocidade, rápido carregamento e CTA (call to action).

Um ponto importante sobre os cards é a forma como eles são agrupados. Hoje, ainda de maneira simples, os cards são agrupados por assuntos, mas em breve eles passarão a ser agrupados de maneira personalizada. Um bom exemplo disso é o Flipboard, Medium e Pulse do LinkedIn. A forma de leitura agora preza um conteúdo mais plural e mais personalizado.

SUGESTÃO E RECOMENDAÇÃO DE CONTEÚDO

É aqui que a coisa começa a ficar mais legal :). Acabamos de falar de conteúdos personalizados, mas para que isso aconteça é necessário conhecer quem está lendo. E aqui temos uma linda e útil aplicação de Big Data e Machine Learning, outros dois termos que se tornaram trend topics nos últimos anos. A idéia é conhecer o usuário, conhecer como ele lê, como ele navega, como pessoas como ele lêem e navegam, o que eles esperam e aí então, com algoritimos extremamente rápidos e inteligentes, entregar o conteúdo realmente relevante para o usuário.

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Vai muito além dos conteúdos relacionados que conhecemos atualmente que são ofertados por um cruzamento de similaridade entre o conteúdo. Estamos falando aqui de conteúdos relacionados aos conteúdos relacionados que o usuário está lendo, mas que são de fato relacionados com o que este usuário em específico espera.

Mas isso ainda não é tudo e temos ainda um outro ponto importante. São os alertas que os usuários recebem.

ALERTAS E NOTIFICAÇÕES DE CONTEÚDO

Não precisa ir muito longe para começar a perceber o que estou falando aqui. Se você usa o Youtube, o Spotfy no seu celuar, ou mesmo se utiliza um Mac, provavelmente já recebeu notificações que pulam na sua tela. O conteúdo agora começa a ser entregue também como o já quase falecido SMS ou para os mais moderninhos, que hoje já são quase todos, as mensagens do Whatsapp. Agora você recebe alertas quando um novo album é disponibilizado no Spotfy, ou mesmo quando um novo vídeo de um canal que você assina no Youtube é liberado.

O que vemos com estas mudanças é que o usuário não deve mais ter que ir até o site ou aplicativo para procurar conteúdo.

CONTEÚDO NO MODELO PULL E PUSH

É aí então que podemos constatar uma grande mudança na forma como o conteúdo é consumido. O modelo que acostumamos foi o PULL em que você tem que ir em vários lugares em busca do seu conteúdo e isso está aos poucos sendo migrado para o modelo PUSH em que você não vai mais até o conteúdo, mas sim o conteúdo vem até você. E vem curado, personalizado e no tempo certo.

Então, você ainda aposta que o conteúdo é o REI?

Bom… se pensarmos em conteúdo digital, e que ele só é bom se tiver todas estas coisas sendo respeitadas, então sim, o conteúdo é o REI, mas ele conta com outros grandes aliados para exercer o seu reinado. O REI CONTEÚDO não governará se não tiver uma base sólida e aliada para apoiá-lo. Nessa guerra entra uma aliança com os países vizinhos que são liderados pelo: REI CONTEXTO, REI UX, REI RECOMENDAÇÃO, REI ALERTA, REI API, REI CARD, REI STREAM, REI CURADOR…


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